Especialmente no caso do "Poema no Apê". Eu recém me mudara de Santa Maria/RS para Porto Alegre/RS, da cidade do interior para a capital; recém abandonara a casa dos pais para morar sozinho numa kitnet, quando, em 2007/2008, escrevi estes versos:
I
Que linda a louça na pia,
Que linda a louça na pia,
limpinha!
Até parece que se lavou sozinha...
Até hoje não recebi o devido (ou indevido) reconhecimento poético, mas sei que aos 97 anos de idade ainda abrirei um sorriso no rosto ao ler esse poema. A mim parecerá até obra de outra pessoa: e continuará assim cheio de poesia e significado. Mesmo que caia no esquecimento, eu dele lembrarei. Como lembrei no sábado à noite. Poesia da realidade.
II
Que pena da roupa no varal
Que pena da roupa no varal
o vendaval a secaria
mas em vez da calmaria
veio novo temporal