quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Continue criança!

Não sei se você que me lê (tem alguém aí me lendo? Se não houver, melhor: sozinho posso falar qualquer coisa!) é criança ou adulto, mas, se for criança, vai gostar de ver o hotsite que a revista do Itaú Cultural fez este mês.

Se for adulto, também.

Cutuque aqui para ver!

O site tem várias coisas interessantes pensadas especificamente para o público infantil (engloba-se aí os adultos que não cresceram). A parte que me toca (e que você pode tocar com o mouse) é a seção Enquete. O material que está lá foi operacionalizado e executado por mim, com cálculos matemáticos precisos. As respostas das crianças, bem menos caretas que um jornalista metódico, foram transcritas por mim.

Depois do orgulho de ver todo esse processo finalizado em forma de reportagem (e com alta produção), vale lembrar a singela homenagem que as crianças da escola Valentim Bastianello, em Dilermando de Aguiar/RS, fizeram para mim! São dois retornos fantásticos!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

É chato ser gostoso!

Pois não é que eu saí no jornal ao lado de Johnny Cash (que deve estar se revolvendo no túmulo... ou talvez ele nem dê importância ao fato, o mais provável, estando morto!)

Bem, eis a minha aparição, no jornal Diário de Santa Maria:

  • traduzindo cash

    Johnny Cash (1932-2003), o cara que foi o verdadeiro lado-b do country, terá sua biografia em quadrinhos lançada no Brasil em outubro. A versão nacional de I See Darkness foi batizada de Johnny Cash – Uma Biografia e sai pela Editora 8INVERSO, de Porto Alegre. O trabalho do premiado quadrinhista alemão Reinhard Kleist foi publicado pela primeira vez em 2006, na cola do lançamento da cinebiografia Johnny & June (2005). O livro abocanhou o prêmio de melhor publicação de quadrinhos alemã na Feira do Livro de Munique. Em 2007, a publicação recebeu a mesma premiação na Feira do Livro de Frankfurt.

  • Mas o legal é que a versão brasileira tem tradução do jornalista Augusto Machado Paim (ao lado), porto-alegrense formado pela UFSM. Apaixonado por quadrinhos, ele foi fazer um intercâmbio na Alemanha. Por lá, conheceu alguns quadrinhistas. Entre eles, Kleist. A tradução foi feita em três semanas.

    – Confesso que conheci Cash fazendo a tradução e me apaixonei pela obra dele. O tempo que passei na Alemanha foi muito importante para conseguir fazer essa tradução – afirma Augusto.

    O lançamento em 19 de outubro, em Porto Alegre, será promovido pela Goethe Institut da Capital e contará com a presença do autor.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Um arco-íris de idiomas...

Tem muitas coisas a serem descobertas no baú de preciosidades da Greta. Hoje, fiquei sabendo desta pérola aqui:


A banda chama-se L'Arc En Ciel. Apesar do nome francês, a banda é japonesa. E, apesar de ser uma banda japonesa e cantar a música em japonês, o refrão é em inglês.

Curioso, não? Ainda mais com um clipe tão bem feito.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Minha própria minibiografia

Pois agora eu tenho uma:

"AUGUSTO PAIM é tradutor e escritor. Nascido em Santa Maria, foi criado por lobos nas cercanias de Vale Vêneto até os dezesseis anos de idade, quando fugiu da matilha e, entrando por engano no campus da Universidade Federal de Santa Maria, acabou se formando em jornalismo. Por não ter espaço na mídia retrógrada daquela cidade, migrou para Porto Alegre, onde conseguiria uma vaga na Oficina de Criação Literária do prof. Assis Brasil por meio do uso da violência física. Denunciado para a polícia, teve que se refugiar na Alemanha, onde passou a perseguir quadrinhistas até obter informações suficientes para chantageá-los em troca dos direitos autorais de publicação de suas obras no Brasil. Faixa preta de Jiu-Jitsu, ameaçou quebrar esta editora caso não publicássemos sua biografia neste site."

Ehehehehe. Só o perfil que o Reuben escreveu sobre mim supera essa.

Ah, sim, a autoria da minha minibio é de um anônimo do século XIX.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Literatura cyberpunk

Está no ar uma de minhas últimas reportagens, uma que deu trabalho especialmente grande. Foram várias entrevistas, duas em inglês, cheias de dados, comentários e informações pra unir num texto que não ficasse cansativo de ler. Espero que o resultado tenha escondido esse trabalho todo:

O fim de um movimento que não pára
A literatura cyberpunk nasceu e morreu como gênero literário. No Brasil, a chamada tupinipunk pode até ter morrido também, mas segue ativa

Ela está por aí, apesar de já não mais existir. Está na trilogia do filme Matrix, está na moda, na cultura como um todo. Deixou de ser contracultura para ser assimilada sem restrições. "Quando a perseguição fracassa na tentativa de esmagar uma contracultura ativa, a cultura dominante tende a assimilá-la", diz o crítico cultural norte-americano Ken Goffman, em seu livro Contracultura Através dos Tempos (Editora Ediouro, 2007).

A literatura cyberpunk nasceu quebrando regras, mas segue o que diz Goffman: está disseminada em formas culturais hegemônicas, misturada com o que veio depois, como ela mesma fez com os gêneros que a antecederam. Difícil precisar os limites de quando ela surgiu nesse mundo sem gêneros, cheio de mixagens e criações recombinantes. "Há toda uma rede de referências culturais ou contraculturais da qual o cyberpunk é apenas a ponta mais ostensivamente tecnológica", diz o jornalista e escritor Alex Antunes.

O gênero floresceu durante as décadas 1980 e 1990, graças a autores como Pat Cadigan, Paul di Filippo, Tom Maddox, James Patrick Kelly, Bruce Sterling, Lewis Shiner e John Shirley, entre outros. Eles foram gradativamente modificando estilos, de modo que hoje é praticamente impossível falar em uma "obra cyberpunk" em si, mas, sim, em "influências cyberpunk".

Mas é possível estabelecer um ponto X em meio ao turbilhão. E esse ponto é o romance Neuromancer (Editora Aleph, 2009).

Para ler o resto, cutuque aqui!