quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Eu

Não aspiro à perfeição

Não busco o auge absoluto

Especulo sobre o que sou e serei...

Refletindo, percebo o lógico:

sou imperfeito

(Humano, acima de tudo)

Se às vezes sou insano e problemático

é porque penso e ajo de acordo

com a ideia de humanidade

que os homens criaram


Sou único e sou comum

Sou exclusivo e sou incógnito

Sou eu e não deixo de ser aquele

Mas, para mim, continuo sendo eu

VIVO

Magnitude de ser e existir,

Viver pensar sentir

E escrever...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mudanças

Este blogue, não sei se você se lembra, surgiu para contar a amigos e familiares alguns episódios marcantes do meu intercâmbio na Alemanha, entre agosto de 2008 e abril de 2009. Eram relatos escritos logo após os acontecimentos, muitos deles em tom de humor (e relê-los me fez rir por umas boas duas horas esta manhã). No fim, o estilo engraçado dos textos acabou atraindo outros leitores, que não me conheciam, e que passei a conhecer através da internet.

Mas nem tudo é alegria neste mundo, e com a volta ao Brasil eu precisei dar uma nova cara ao blogue, por motivos óbvios. Decidi transformá-lo num portifólio profissional, um espaço para agrupar minhas reportagens e também para narrar pequenos bastidores da minha profissão - jornalista. Afinal, um blogue que me gerou tantas alegrias não poderia ser jogado fora de uma hora para outra.

(Sobre isso, me ocorreu outro dia o pensamento de que blogues são como bichinhos de estimação. Nós os adoramos no início, quando são fofinhos e brincalhões, mas depois vão crescendo e perdendo a graça. A diferença é que o filhote acompanhará você por pelo menos 10 anos, fazendo cocô e xixi pelos cantos, até morrer de causas naturais. Já o blogue segue você por tempo indeterminado - provavelmente você morrerá antes do blog -, e só acaba mesmo se for vítima de abandono ou maus tratos.)

Pois agora eu decidi fazer uma nova mudança, e acredito que seja para melhor. Passarei a publicar aqui também textos ficcionais, como contos, crônicas, minicontos e poemas. Resgatarei alguns textos antigos que estavam numa pastinha preta aqui em casa, pastinha essa fechada há anos. Também usarei este espaço para divulgar a minha produção literária recente, pois voltei a escrever ficção este ano (2010). O AugustFest não perderá o foco, apenas terá mais coisas. Continuarei lincando aqui minhas reportagens e outros textos, farei comentários (alguns sagazes, outros inúteis) e porventura serei engraçado.

Para marcar essa nova fase, publico aqui um pequeno metapoema sobre a vida literária. Eu o escrevi no auge dos 16 anos, quando as espinhas brotavam na cara na mesma frequência com que surgiam minhas primeiras desilusões com concursos literários (mesmo que eu tenha sido selecionado em alguns). Ei-lo.

***

Texto para concurso

Este poema pode parecer ruim, muito ruim, horrível

Na verdade, é bom, muito bom, excelente

E cumpre o seu papel mais importante:

Mínimo de cinco versos

Em espaçamento mais-que-duplo

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Os beats: autodestrutivos, porém imortais

A edição número 17 da revista Norte sai com um texto meu sobre o livro "Os beats - graphic novel". Nesse texto, eu decidi ousar um pouco e acabei fazendo uns experimentos para ressaltar o conteúdo do livro na forma da resenha. Se funciona ou não, você mesmo pode dizer. A edição está disponível online logo abaixo. Meu texto está na página 27.