Mas nem tudo é alegria neste mundo, e com a volta ao Brasil eu precisei dar uma nova cara ao blogue, por motivos óbvios. Decidi transformá-lo num portifólio profissional, um espaço para agrupar minhas reportagens e também para narrar pequenos bastidores da minha profissão - jornalista. Afinal, um blogue que me gerou tantas alegrias não poderia ser jogado fora de uma hora para outra.
(Sobre isso, me ocorreu outro dia o pensamento de que blogues são como bichinhos de estimação. Nós os adoramos no início, quando são fofinhos e brincalhões, mas depois vão crescendo e perdendo a graça. A diferença é que o filhote acompanhará você por pelo menos 10 anos, fazendo cocô e xixi pelos cantos, até morrer de causas naturais. Já o blogue segue você por tempo indeterminado - provavelmente você morrerá antes do blog -, e só acaba mesmo se for vítima de abandono ou maus tratos.)
Pois agora eu decidi fazer uma nova mudança, e acredito que seja para melhor. Passarei a publicar aqui também textos ficcionais, como contos, crônicas, minicontos e poemas. Resgatarei alguns textos antigos que estavam numa pastinha preta aqui em casa, pastinha essa fechada há anos. Também usarei este espaço para divulgar a minha produção literária recente, pois voltei a escrever ficção este ano (2010). O AugustFest não perderá o foco, apenas terá mais coisas. Continuarei lincando aqui minhas reportagens e outros textos, farei comentários (alguns sagazes, outros inúteis) e porventura serei engraçado.
Para marcar essa nova fase, publico aqui um pequeno metapoema sobre a vida literária. Eu o escrevi no auge dos 16 anos, quando as espinhas brotavam na cara na mesma frequência com que surgiam minhas primeiras desilusões com concursos literários (mesmo que eu tenha sido selecionado em alguns). Ei-lo.
***
Texto para concurso
Este poema pode parecer ruim, muito ruim, horrível
Na verdade, é bom, muito bom, excelente
E cumpre o seu papel mais importante:
Mínimo de cinco versos
Em espaçamento mais-que-duplo
Um comentário:
Tche,
Que ótima ideia tu teve para a continuidade do Augustfest. Será um ótimo meio para vazão das tuas ficções, como já deu pra ver por esta pérola literária escrita aos 16 anos (Õ precoce, hein!). Seguirei te seguindo por aqui tb nesse 2011.
abraço!
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