Virada de ano é sempre época de olhar para si, fazer projeções e pensar sobre o que se foi e o que se é.
Interessante notar que essas reflexões de cada um são, até certo ponto, condicionadas pela cultura e a geografia de quem reflete. Duvido, por exemplo, que alguém em pleno frio europeu seria capaz de fazer o raciocínio que eu fiz.
No dia 1º de janeiro de 2011, eu estava em Novo Hamburgo, na grande Porto Alegre. Fazia calor. Lancei um olhar suado para mim mesmo e vi meu chinelo de dedo. Especificamente, vi aquela parte que segura o chinelo no pé e dá estabilidade. Aquela parte que fica ao lado do dedão, pregada à sola. (Quando o chinelo arrebenta, essa parte fica literalmente pregada.)
Percebi que entre o dedão e o indicador (o segundo dedo do pé também se chama indicador? Mas vai indicar o quê com o pé?!), o vão é maior do que entre os outros dedos. Pode olhar para o seu pé agora mesmo para comprovar. Se você for ser humano, claro.
A questão que me ocorreu é: será que o inventor do chinelo decidiu colocar essa parte ao lado do dedão (e não entre outros dedos) por ser esse vão naturalmente maior no pé do ser humano? Ou a escolha foi arbitrária, e o vão é maior justamente pelo nosso costume de usar chinelo?
É tipo a história do ovo e da galinha, mas pode ser que para essa questão do chinelo de dedo haja uma resposta histórica. Se você souber, por favor, diga!
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