É incrível como um bilhete que você está escrevendo agora, neste exato instante, pode vir a proporcionar um momento comovente daqui a 25 anos, quando você tornar a encontrá-lo em meio às caixas da mais recente mudança.
Faz duas semanas que mudei de apartamento. No último sábado, ainda aportavam aqui no novo lar alguns móveis para o meu escritório. Vieram de Santa Maria, a 300 km de Porto Alegre, junto com caixas onde estavam guardadas o que até agora eu chamava de "tralhas": coisas ainda inclassifcadas do tempo da faculdade, do colégio, da infância.
Ontem, fazendo uma triagem nesse material, encontrei um álbum com fotos da minha adolescência. Quando eu passava os olhos e o sorriso por ele, caiu no chão um papel dobrado. Papel novo, diga-se de passagem, nem um pouco amarelo. Abri-o pensando em fazer uma breve checagem antes de arremessá-lo na pilha do lixo seco, mas mudei de ideia quando me deparei com isto aqui.
Se ficar ruim de visualizar, você pode clicar com o mouse em cima, que abrirá maior na mesma janela.
Acredito que o bilhetinho fala por si, mas aí vão informações complementares para entender o contexto. Meu pai, Claudio, trabalhava na Rede Ferroviária, em 1985, na capital gaúcha. Era operador de Telex, o messenger da época. Ornato Sales Mazuin, amigo dele, morava em Cachoeira do Sul, RS, onde trabalhava como maquinista.
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5 comentários:
Cara, que massa. Uma simples mensagem que carrega um montão de imagens e possibilidades de contextos incríveis. Que achado, tche.
abraço,
Leonardo
Emocionante, Augusto. Muito emocionante. Merecia uma moldura e um lugar de destaque no teu escritório. Um abração comovido.
eu chorei.
ah, sou eu, a dani da facos.
beijo, augusto!
Anúncio da chegada... que viagem!
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