sábado, 14 de fevereiro de 2009

Tchau!

Sensação estranha... Estou num trem em direção a Berlim. Daqui mais ou menos duas horas vou conhecer uma família com quem, se o encontro presencial confirmar a grande empatia sentida por emails e telefonemas, devo morar nos próximos cinco meses. O trem vara a Alemanha de oeste a leste. Impossível não pensar no que está por vir e, na carona disso, no que já foi.

Realizei muitas coisas em seis meses morando em Haselünne. Não tem como dizer que não aproveitei. Em todas as áreas da vida. E fui um ótimo Aupair, preciso dizer. Você não tem como saber isso, mas eu sei. Fui um Aupair hipertextual que teve que se virar com inúmeras variações de um ambiente familiar diferenciado e converter tudo isso em energia positiva. Não foi fácil, preciso dizer. Mas deu certo.

Profissionalmente, foi ótimo. Estágio em jornal, primeira matéria internacional (aguarde, publico-a aqui logo), primeiras entrevistas e reportagens em alemão (não sei ainda se vão ser publicadas no jornal, mas, se forem, traduzo aqui). E também o programa Fiz Mundo, do qual muito me orgulho, pois não só ajudei a fazer, como fui co-concebedor da idéia, ao lado do meu amigo Leandro Lopes, da TV Minas. São na verdade dois programas. Se você não viu o primeiro, clique aqui! Trata-se de um programa internacional sobre a visão que os estrangeiros têm do nosso país. A proposta foi discutir a identidade nacional a partir do olhar alheio.

A segunda parte segue abaixo, em dois blocos.

Bloco 1:


Bloco 2:


No mais, fica esse sensação estranha de despedida e também de novo começo. Imagino as alianças e redes que farei agora próximo a Berlim, nos pouco mais de cinco meses que ainda me restam. Pois sou o cara da intermediação, do acordo, da rede, do grupo, do um mais um se somando para dar três. Se eu fosse morar numa fazenda, ficaria amigo das vacas, daria grama para elas por gentileza, escreveria sobre o processo de ruminação e proporia utilidades comunitárias pro leite e pro esterco. Em pouco tempo a fazenda seria outra.

Tchau, então, Nova Haselünne. Alguma coisa mudou com minha passagem, não? Um gordinho desajeitado que ao passar tira as cadeiras do lugar, esse sou eu.

Assim é a vida, assim é este blog. Mudando as histórias e os cenários de uma hora para outra. Assim é o ser humano, assim é o blog. O ponto de encontro entre o que se foi e o que vai ser, reunidos no que se é.

Agora é esperar ativamente o que vier.

2 comentários:

Anderson Ribeiro disse...

Estou (continuo) torcendo por você, Loiro!!

Marcelo Cordeiro disse...

bah,

velho

tomara que tudo dê certo

vou rezar para nossa senhora do intercâmbio te ajudar

abração